O aquecimento global está afetando animais de estimação de maneiras que podem não ser percebidas imediatamente. Conforme pesquisa recente, os bichinhos sofrem com as alterações climáticas em todos os aspectos de seu bem-estar. Aplicando o conceito dos "cinco domínios", os cientistas avaliaram como o clima prejudica a saúde de pets. Essa estrutura analisa nutrição, ambiente, saúde física, comportamento e estado mental. O estudo concluiu que cães, gatos e outros animais domésticos são impactados pelo aquecimento global nesses cinco domínios cruciais.

Os pets podem sofrer desidratação e outros problemas devido às temperaturas extremas. O calor excessivo também afeta o habitat e disponibilidade de suas comidas. Comportamentalmente, eles podem ficar inquietos e estressados ao lidar com o desconforto. Mentalmente, ficam ansiosos ou depressivos. Infelizmente, essas reações ocorrem em animais domesticados e selvagens.

De forma geral, os tutores devem tomar medidas para proteger seus pets, garantindo acesso constante à água fresca e sombra, mesmo em ambientes fechados. Passeios ao ar livre devem ser feitos em horários amenos. O tempo deve ser verificado antes de viajar com os animais. É importante ficar atento a sinais de desconforto pelo calor e levá-los ao veterinário se necessário.

Com cuidados extras, os pets podem prosperar mesmo durante ondas de calor, veja abaixo a lista de cuidados específicos para cada tipo de pet (pelo menos aos mais populares).

Peixes

Por dependerem de fontes externas para regular a temperatura corporal, os peixes de estimação são extremamente sensíveis a variações térmicas na água do aquário doméstico. Períodos de calor intenso podem acelerar o metabolismo dos animais aquáticos, elevando a necessidade de oxigênio. Isso pode ocasionar danos físicos e comprometer o desenvolvimento e alimentação.

De acordo com piscicultores, a água deve permanecer entre 20 e 25°C, exceto para espécies tropicais. Conforme o orçamento e tamanho do tanque, dispositivos de controle térmico podem ser empregados. De qualquer forma, é essencial monitorar rotineiramente as condições, evitando insolação direta. Abandonar o aquário no verão é arriscado devido ao aquecimento natural da água.

Ao viajar, providenciar supervisão é recomendável. Os peixes requerem vigilância constante para saúde e bem-estar mesmo em ambiente doméstico, por serem organismos muito sensíveis.

Pássaros

O estresse térmico pode modificar a fisiologia das aves. Uma pesquisa com pequenos pássaros australianos constatou que, durante forte onda de calor, os animais perderam massa corporal, abandonaram ninhos e alguns faleceram. Altas temperaturas também podem ocasionar comportamentos anormais em aves domésticas, como arrancar penas entre si.

Em clima quente, é essencial verificar constantemente se a gaiola está limpa e abastecida com alimentação e água. Se a ave ficar ao ar livre, certificar-se de que esteja à sombra. Um banho apropriado ajuda a refrescá-los.

Cães

Os dias quentes do verão podem ser desafiadores para nossos amigos peludos. Cães e gatos, principalmente os idosos, com sobrepeso ou características físicas como focinhos curtos, podem sofrer com o calor excessivo. Temperaturas elevadas causam estresse térmico, fazendo com que a temperatura corporal do animal suba perigosamente, resultando em sintomas como respiração ofegante e movimentos erráticos. Ignorados, esses sinais podem rapidamente evoluir para insolação ou mesmo óbito. Por isso, é essencial que tutores fiquem atentos e tomem medidas preventivas.

Mais de quatro quintos dos donos de cães modificam a rotina de exercícios nos dias quentes, reduzindo a intensidade ou duração dos passeios. Isso ajuda a evitar doenças relacionadas ao calor, mas não se deve cortar demais a atividade física. O ideal é programar as caminhadas para horários mais amenos do dia. Já deixar o animal sozinho dentro de veículos é terminantemente proibido, pois o interior aquece rapidamente. O mais seguro é mantê-lo em casa, com água fresca disponível o tempo todo - quem sabe até com cubos de gelo! Brincadeiras refrescantes como piscinas infantis e aspersores são excelentes opções.

Ao passear com o cão no calor, leve água e aplique protetor solar em áreas como pontas das orelhas e focinho. Lembre-se: o bem-estar do animal deve vir antes de qualquer programação. Com alguns cuidados simples, nossos amigos peludos podem aproveitar o verão da melhor forma!

Gatos

As altas temperaturas representam riscos à saúde dos felinos domésticos. O calor excessivo pode provocar sintomas como ofegância, pulso cardíaco acelerado e infestações parasitárias. Caso o tutor suspeite de insolação, o animal deve ser levado ao médico veterinário com urgência.

O aquecimento global possivelmente intensificará a disseminação de doenças transmitidas por carrapatos e pulgas, assim como verminoses, colocando gatos e cachorros em situação de vulnerabilidade.

Nos períodos de calor, a recomendação aos responsáveis é disponibilizar sombra e água fresca em abundância. Aplicar protetor solar nas orelhas e focinho dos pets de pelagem clara também é indicado. O ideal é mantê-los em ambiente interno e refrigerado durante as horas mais quentes. Garantir que pelo menos um cômodo esteja fresco e arejado.

Nas ondas de calor, optar por brincadeiras ao amanhecer e entardecer, quando as temperaturas estão mais amenas. Tais cuidados visam evitar o estresse térmico e proteger a saúde dos bichanos, que assim como outros animais, são afetados pelas altas temperaturas.

Uma mão amiga

Mesmo nós, humanos, só conseguimos lidar até certo ponto com as variações no clima, já os pequenos animais que por vezes resolvemos tutelar, raramente podem se preparar de forma indepentente, e precisarã de assistência para enfrentar essas mudanças. Isso não se limita apenas aos animais de estimação mencionados anteriormente, mas também abrange outros, como répteis, roedores, e coelhos. Com o aumento da frequência de ondas de calor e outros eventos climáticos extremos, é nossa responsabilidade garantir a segurança dos pets que tutelamos.

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