Será que o negócio de turismo espacial crescerá mais com sexo?

Você já ouviu falar da linha de Kármán*?

Se nunca ouviu, saiba que se trata da altitude em que a atmosfera terrestre é tão rarefeita, que se torna incapaz de sustentar um vôo aerodinâmico, ou seja, é a altitude em que o efeito asa que faz com que avião voe, deixa de funcionar.

A linha de Kármán está a cerca de 100km acima do nível do mar.

Por que estou falando isso?

Porque nós, humanos, sempre demos um jeito para fazer sexo em lugares improváveis, como o banheiro do avião, carro, o escritório. Por quê seria diferente no espaço? Portanto, não é surpresa que o turismo espacial esteja prestes a se tornar o lar de um novo clube exclusivo: o Clube da Linha de Kármán.

O turismo espacial suborbital já existe, e os voos mais longos estão prestes a se tornar uma realidade. Espaçonaves como a Starship da SpaceX podem transportar dezenas de passageiros, e algumas delas até terão cabines privadas.

Com tantos humanos ?não treinados como astronautas? confinados em um espaço pequeno e fechado, é inevitável que alguns deles acabem se envolvendo em atividades íntimas. E quando isso acontecer, as empresas de turismo espacial terão que estar preparadas para as consequências.

Uma preocupação é que as interações sexuais no espaço possam levar à concepção humana. As primeiras viagens orbitais de turismo espacial devem durar dias ou semanas, então apenas as fases iniciais da reprodução humana poderiam ocorrer no espaço. No entanto, os efeitos da gravidade zero e da radiação ionizante no corpo humano ainda não são totalmente compreendidos, então não se sabe qual será o efeito em embriões humanos.

Além disso astronautas frequentemente sofrem perda muscular e óssea no espaço, uma vez que seus corpos não precisam mais resistir às forças da gravidade. A falta de gravidade também pode resultar em aumento da pressão dentro do crânio, o que pode tornar a visão das pessoas embaçada e até mesmo alterar a estrutura do cérebro.

Para o setor de turismo espacial, há riscos comerciais de litígios, danos à reputação e perdas financeiras se ocorrerem concepções durante os voos espaciais. Além disso, há questões éticas e de direitos reprodutivos a serem consideradas.

Nenhuma empresa tocou neste assunto até agora, mas há ainda algo mais sombrio a ser considerado: o risco de agressão sexual no espaço. Imagine tentar evitar o assédio de outro passageiro ou membro da equipe durante o voo espacial. Você estaria completamente indefeso.

O turismo espacial já está acontecendo e parece provável que interações sexuais entre alguns participantes ocorrerão em breve. A questão é se o setor estará preparado para as possíveis consequências.

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