As 6 múmias mais famosas do mundo


A mumificação é o processo pelo qual os corpos são preservados de forma natural ou artificial e, com o tempo, são impedidos de se decomporem. Este ritual foi visto em diversas culturas antigas do mundo. Devido ao interesse que este tema gera, veja as múmias mais famosas, segundo especialistas, tanto pelo seu estado de conservação quanto pela história que preservaram ao longo dos séculos.

1. Rei Ramsés 2º

Os restos mumificados de Ramsés "O Grande" foram encontrados em 1886 dentro dos conventos de Deir el-Bahari, no Alto Egito.

O Grande Museu Egípcio, em Gizé, acolhe agora uma estátua gigante de Ramsés 2º, com 83 toneladas e 9 metros de altura. De acordo com a revista antropológica norte-americana Archeology, os Templos de Abu Simbel são a maior obra construída pelo rei com a força de trabalho de mais de 10 mil homens.

 

2. Rainha Nefertiti

Nefertiti, cujo nome significa "a bela chegou", é famosa pelo seu busto esculpido e pintado em 1345 a.C. que foi encontrado no estúdio de Tuthmosis, seu escultor, em 1912. A rainha é conhecida como a mais famosa do Antigo Egito e alguns acreditam que ela foi a mãe de Tutancâmon.

O paradeiro dos restos mortais de Nefertiti é incerto. Em 2003, o egiptólogo Joann Fletcher estudou os restos de uma múmia encontrada em 1898 dentro da tumba do faraó Amenófis 2º, no Vale dos Reis, Luxor, no Egito. Fletcher apoiou sua teoria com base em uma peruca encontrada perto da tumba, conhecida como "núbia", usada pelas mulheres da época. No entanto, poucos egiptólogos apoiaram essa descoberta e Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, classificou a ideia como "pura ficção".

Em outubro de 2022, Hawass anunciou em uma conferência em Luxor que os restos mortais de Nefertiti poderiam ser encontrados em duas tumbas do Vale dos Reis, enquanto seus DNAs ainda estavam sendo estudados para confirmar a descoberta.

3. Tutancâmon

O faraó Tutancâmon, conhecido como O Rei Tut, foi descoberto em 1922 no Vale dos Reis, no Egito. Ele foi o último líder da dinastia do Antigo Egito e governou por 10 anos no final do século 14 a.C. O Rei Tut tinha apenas 20 anos quando ascendeu ao trono, o que, segundo os padrões da época, já o classificava como um adulto. É possível que ele tenha liderado campanhas militares contra sírios e núbios antes de sua morte.

A múmia de Tutancâmon é muito valiosa por causa dos objetos encontrados no seu sarcófago, que mostram a veneração que a corte egípcia tinha pelo rei. Isso faz da descoberta da múmia uma das mais populares do mundo. Em 4 de novembro de 2022, será comemorado o 100º aniversário de sua descoberta.

4. Lady Dai

Lady Dai, também conhecida como Xin Zhui, viveu no período de 100 a.C. e é famosa por ser a múmia mais bem conservada do mundo. Ela foi descoberta em 1972 na província de Hunan, na China, dentro de uma câmara funerária lacrada e intacta. A múmia estava sepultada sob quatro caixões de madeira em uma solução de sais de mercúrio, o que permitiu que o seu corpo fosse bem preservado e passasse por exames médicos e ginecológicos, bem como uma autópsia.

5. Múmias de Tarim

As múmias de Tarim foram encontradas em cavernas na China oeste em 1995 e datam de 1800 a.C.. De acordo com a revista Archaeology, elas são notáveis por suas roupas típicas da região da Caxemira e sarja de lã, o que levou os profissionais a questionar o uso de teares e outras ferramentas pelos colonos euroasiáticos. A descoberta dessas roupas de aparência europeia permitiu aos arqueólogos expandir suas hipóteses sobre as características físicas, idiomas, identidades, migrações e tecnologias das múmias, que foram posteriormente identificadas como asiático-orientais.

6. As múmias de Llullaillaco

Em 1999, três corpos foram descobertos no topo do vulcão Llullaillaco, localizado no noroeste da Argentina. As múmias de duas meninas incas e um menino com idades entre 8 e 15 anos haviam sido sacrificados em oferenda aos deuses há cerca de 500 anos. A preservação excepcional dos corpos foi possível devido às condições climáticas da região e ao uso de tecidos para cobri-los. Estudos posteriores revelaram que os órgãos internos das múmias ainda estavam intactos, incluindo o coração e os pulmões com sangue presente.

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