Alexa não é Pokemon, mas evolui! A nova era dos assistentes pessoais de IA? Como Alexa, Siri e outros estão evoluindo com modelos de linguagem avançados

A nova era dos assistentes pessoais de IA ? Como Alexa, Siri e outros estão evoluindo com modelos de linguagem avançados

Os assistentes pessoais de IA como Alexa da Amazon, Siri da Apple e o Google Assistant estão prestes a dar um grande salto em capacidades de linguagem natural graças aos recentes avanços em modelos de linguagem de grande porte. Essas ferramentas de IA conversacional, que começaram como meros decodificadores de comandos de voz, agora poderão manter diálogos mais complexos e fluidos, aproximando-se de conversas humanas reais.

A Amazon anunciou uma atualização significativa para sua assistente pessoal Alexa, incorporando um novo modelo de linguagem natural de ponta que permitirá interações mais naturais e contextualizadas. Em vez de precisar dizer "Alexa" antes de cada comando, os usuários poderão simplesmente conversar com ela como se fosse uma pessoa. A Alexa atualizada será capaz de fazer inferências, continuar conversas após interrupções e exibir mais "personalidade" por meio de entonação e até tentativas de humor.

Essa mudança coloca a Alexa mais próxima de rivalizar com o ChatGPT, o chatbot de IA que se tornou fenômeno viral recentemente por sua capacidade de manter diálogos extremamente humanos. A tecnologia por trás do ChatGPT inspirou companhias como a Amazon, Apple e Microsoft a incorporar modelos de linguagem semelhantes em seus próprios produtos, incluindo assistentes virtuais.

A Alexa original, lançada em 2014, foi pioneira na computação por voz, mas ficou limitada a comandos simples devido à complexidade da linguagem natural. A chegada dos modelos de linguagem de grande porte irá viabilizar maior versatilidade. Esses modelos são treinados em vastas quantidades de texto para gerar respostas coerentes.

Contudo, eles também podem gerar conteúdo falso, enviesado ou ofensivo. Por isso, as empresas estão investindo em salvaguardas para mantê-los dentro de limites seguros e úteis. A Amazon afirma ter desenvolvido "guard rails" para a nova Alexa a fim de evitar erros e respostas inapropriadas.

Vale a pena ressaltar que poucos dias depois de anunciar as novas capacidades da Alexa, a Amazon revelou um investimento de até US$ 4 bilhões na Anthropic, startup que compete com a OpenAI no desenvolvimento de modelos de linguagem de ponta, com a Claude e Claude 2 (PS: Claude 2 é tão boa quanto a GPT4).

Outras companhias também estão atualizando seus assistentes virtuais. O Google Assistant logo receberá aprimoramentos de IA conversacional, enquanto a Apple ainda precisa revelar como pretende manter a Siri competitiva nesse novo cenário. A Microsoft já incorporou um modelo de linguagem avançado ao seu mecanismo de busca Bing.

Esses avanços podem finalmente elevar assistentes pessoais como Alexa e Siri além de meros executores de comandos, permitindo interações mais ricas e produtivas. Porém, alguns especialistas alertam que imitar a linguagem humana é um desafio enorme, então devemos esperar imperfeições e estranhezas nessas novas versões por um tempo.

De qualquer forma, essa nova geração de assistentes de IA represents um marco importante na computação conversacional. À medida que sua capacidade de processar e responder à linguagem natural se aproxime da humana, eles se tornarão companheiros virtuais mais úteis no cotidiano e trabalho das pessoas. Resta saber como humanos e máquinas navegarão essa relação inédita.

via: 1 e 2

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